#3: Como, logo escrevo
Três negócios comandados por mulheres para você conhecer; restaurantes no mundo que toparia um bate e volta para comer novamente; onde ir no aniversário de SP e filmes e séries viciantes
Nas panelas, elas
Três mulheres, três cidades e três lugares para conhecer
A última semana foi especialmente feminina no quesito descobertas gastronômicas, se posso dizer. Não foi de caso pensado, mas, entre o litoral norte, Santos e São Paulo, tive o prazer de visitar três lugares completamente distintos, mas que se encontram por suas “líderes mulheres”.
Provei o Acarajé Pôr do Sol, na praia de Boiçucanga. A barraca fica na praça de mesmo nome, e só funciona à noite, das 19h às 23h. Foi ótimo, e inclusive sobrou para levar para casa e comer no dia seguinte, a porcão é bem servida e “no prato”, então não espere o bolinho convencional, recheado.
Finalmente visitei Santos, e conheci o Garni, da Beatriz Salles – uma amiga que fiz na Cásper Líbero, e que, após formada, rumou para a gastronomia. Após uma temporada na Europa, voltou a sua cidade, e na pandemia começou a fazer doces em casa. O Garni é uma graça e poderia estar em qualquer lugar do mundo [Bia, talvez em São Paulo?]. Comi a choux do dia, que era de baunilha com laranja, que batizei de choux sem defeitos; e também a torta de figo. Carreguei para São Paulo um cookie de manteiga queimada e, a Bia, gentilmente, colocou “o” bolo de chocolate de presente, o qual é de chorar de bom (e eu nem sou a maior fã de chocolate). O encontro, além de nitidamente doce, me fez lembrar que tanto eu, como ela, gostávamos de comida desde a faculdade. É lindo ver o caminho que a Bia seguiu.
De volta a São Paulo, pois tudo que é bom, acaba, estive no jantar de lançamento do menu de verão do Animus, da chef Giovanna Grossi. Conheço o trabalho dela há um tempo, de quando ela foi Under 30 na Forbes Brasil, no período em que trabalhei na revista. Opções mais frescas e friturinhas irresistíveis estão entre as novidades. Os pratos de vegetais, como a vagem, que está no menu desde a abertura do restaurante, valem muito a pedida, além dos novos, repolho com chutney de tomate e a cenourinha com romesco, amendoim e tangerina.
Hoje, 19 de janeiro, vou ao Maní, e pela primeira vez experimentarei o menu degustação. Admiro muito a Helena Rizzo desde sempre. Estou ansiosa.
Sem querer, no fundo, talvez querendo, uma semana de mulheres. Que se repita muitas e muitas vezes.
Serviço:
Por comida, muitos quilômetros serão percorridos
Um desabafo de alguém que pauta a próxima viagem no que poderá apreciar no destino
Cada cantinho do México, que é gigante, interessa as minhas papilas gustativas. Todos os melhores balcões de omakase de Tóquio são um sonho para mim. Um ano sabático percorrendo diferentes regiões da Itália, e comendo em qualquer canto, é um desejo antigo. Imergir na floresta Amazônica, e provar de tudo um pouco, também é latente no meu estômago e coração.
Não consigo dizer quando, mas, já faz um tempo, que pauto as minhas viagens pelas comidas que encontrarei nos destinos. É decepção pura, para mim, chegar em um lugar repleto de restaurantes de cadeias, sem identidade local, puramente turísticos, e que nada me “ensinam” sobre aquele lugar. Tem destinos que fui, que valeram muito a pena por tudo que envolve, mas que arrisco dizer que continuariam valendo a pena se a única coisa boa fosse UMA única refeição que tive.
6 restaurantes pelo mundo nos quais toparia um bate e volta só para comer mais uma vez:
Bar FM, em Granada (Espanha)
Espacio Eslava, em Sevilla (Espanha)
Lyle’s, em Londres (Reino Unido)
Restaurant Gill, em Rouen (França)
La Grande Table Marocaine, em Marrakesh (Marrocos)
Casa de Teresa, em Salvador (Brasil)
Fica, vai ter bolo
A cidade de São Paulo faz aniversário no próximo dia 25, mas quem fica feliz mesmo somos nós, que teremos um dia livre, em plena quarta-feira, para comer e bebericar pela cidade. Segue um pequeno roteiro da Barra Funda, bairro que gosto de explorar cada dia mais.
469 anos de SP na Barra Funda
Comece pela A Baianeira e aproveite para provar o que é, na minha opinião, o melhor pão de queijo da cidade. Dê um break entre refeições e conheça algum espaço artístico como a Usina Luis Maluf, ou as grandes galerias que habitam o bairro: Mendes Wood DM, Fortes D’Aloia & Gabriel, entre outras*.
Caso o dia esteja ensolarado, aproveite para sentar na calçada do Laskarina Bouboulina, para o almoço. Na sequência, a Rua Sousa Lima, a própria rua do restaurante, é repleta de opções. A micro padaria Farinha tem vitrine repleta de pães, com sabores que variam semanalmente. O Trago Bar usualmente durante a semana abre no fim do dia, mas talvez no feriado eles operem com horário diferenciado. Caso ainda sobre espaço no estômago, sugiro terminar no Komah, coreano moderno – a sequência de pratos para compartilhar é uma ótima forma de explorar pratos e provar um pouco de tudo do menu. Caso a fila de espera esteja longa, o que não é fora do comum, aguarde na Trilha Fermentaria, que já falei por aqui, na #1: “Como, logo escrevo”.
Serviço:
*recomendo checar o horário de funcionamento das galerias no feriado
Além de comer, eu assisto comida o tempo inteiro
Ultimamente a cozinha é a temática número 1 das minhas escolhas nas telas, então segue uma pequena curadoria do que vi e gostei:
O Menu
Star+
Chefs Sob Pressão
Netflix
Chef’s Table Pizza
Netflix
Se você chegou até aqui, muito obrigada! Espero que tenha gostado da terceira news “Como, logo escrevo”. Para comentários, sugestões, dúvidas, ou até para me convidar para comer com você, meus canais são o e-mail (giuliodice@hotmail.com) e Instagram @giuliannaiodice
amando o conteúdo e a escrita s2
Já vou anotar o restaurante de Londres! O Komah é sempre uma ótima pedida, amei.